A busca por modificações corporais através de etnocirurgias pode ser fruto de um racismo estrutural que começou no período colonial no Brasil e que deixou a imagem do colonizado ou escravizado, indígena ou negro, como inferior e o colonizador, branco, como modelo ideal de beleza, poder e distinção social. O reconhecimento das diversidades do mundo globalizado torna o consumo do corpo cultural um grande paradoxo. Isto ocorre porque ao mesmo tempo que as sociedades modernas buscam aceitar as diferenças, também tentam mascará-las. Portanto, refletir sobre a concepção de cura inserida nas sociedades possibilita novas discussões em saúde criando, assim, ferramentas baseadas na escuta, no diálogo, no respeito à cultura, nas experiências individuais, nas representações coletivas do corpo e nas trocas de informações entre os sujeitos e os profissionais da área da saúde. Esses profissionais, curando na Fisioterapia ou moldando o corpo na Educação Física, possibilitam a transformação das relações do sujeito consigo mesmo, com um ênfase na promoção da saúde e do autocuidado e não apenas na sua aparência.
Detalhes do livro: |
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ISBN-13: |
978-620-6-75996-6 |
ISBN-10: |
6206759962 |
EAN: |
9786206759966 |
Idioma do livro: |
Português |
Por (autor): |
Luciana Maria Masiero |
Números de páginas: |
56 |
Publicado em: |
17.04.2024 |
Categoria: |
Educação, ocupação, carreira |