O Sistema Penitenciário como Reprodução do Capital

O presente trabalho emerge a partir de alguns questionamentos construídos ao longo do processo de formação acadêmica, face as problemáticas enfrentada pelos trabalhadores excedentes, especialmente durante a experiência de estágio realizada na Secretaria de Administração Penitenciária – Penitenciária Vieira Ferreira Neto (SEAP-FN), no período de setembro de 2006 a março de 2008. Este tem por objetivo contribuir para o debate e reflexão acerca do sistema prisional, tendo como eixo central a temática do trabalho subordinado ao processo de acumulação do capital, pela crescente criminalização da população excedente e pela superexploração da mão-de-obra dos internos na prisão. As dificuldades de inserção no mercado formal de trabalho, a criminalização sofrida por estes indivíduos em suas alternativas de subsistência, a ausência de uma política penitenciária, a superexploração do trabalho vivo e a correlata reprodução da população excedente, agravados pela ofensiva do capital e da ideologia neoliberal, despertaram meu interesse para a compreensão crítica do sentido e das funções da prisão na sociedade capitalista.