A Comunidade imaginada da afrodescendência na educação

Esta trajetória iniciou-se com o objetivo de investigar que caminhos de formação universitária estão sendo trilhados na consolidação de uma Comunidade da Afrodescendência, a partir da legislação para a Educação das Relações Etnicorraciais, após a Lei 10.639/2003, focando como campo de análise, a produção editorial universitária (2000-2010) nas Universidades Federais do Ceará (UFC) e da Bahia (UFBA). “Comunidade” é um desses termos que cabem em diversas situações. Neste trabalho, adotamos as reflexões de Zygmunt Bauman (2003) que observa que [...] a comunidade é um lugar “cálido”, confortável, aconchegante e de Benedict Anderson em “Comunidades Imaginadas” (2009) onde ele afirma que: “essa comunidade [imaginada] cria laços fortes de pertencimento entre iguais e excluem os que são considerados diferentes.” Para se alcançar uma eficiência e construir essa comunidade [imaginada] da afrodescendência é preciso criar símbolos que venham do interior de uma lógica comunitária e afetiva, pouco passível de dúvida e questionamentos. A produção editorial é um dos caminhos para a construção desta comunidade? Que a leitura e os resultados apresentados fomentem novos estudos.