Frestas da vida sobre trilhos eléctricos:

O livro é um ensaio sobre as forjas de subjetividade que estão envolvidas no deslocamento diário de quatro milhões de paulistanos pelos túneis nada rizomáticos do Metrô local. Como manter esta horda compactada e passiva? Quais os reflexos que esta operação que é de circulação - mas também de condicionamento, adestramento e criação de corpos sujeitados - implica no cotidiano de uma megalópole em metástase como São Paulo, a Capital do Capital no Brasil? Quais linhas de fuga, moradas do entre, frestas da vida que podem escapar, em meio às janelas abarrotadas de pessoas e concretos, e podem dar sentido às novas existências, Oxalá nomadismos? Partindo destas considerações o trabalho almeja um descolamento em estações - e tendo notas de rodapé como túneis - relativamente pouco convencionais.