Análise biomecânica das fixações atlantoaxiais

A incidência das fraturas do dente do áxis ocorre principalmente devido à acidentes automobilísticos, ferimentos por projéteis de armas de fogo e à prática de esportes radicais. O tratamento cirúrgico desses pacientes tem sido controverso. Comparamos quatro tipos diferentes de osteossínteses que apresentam maior eficiência e diversidade biomecânica entre si. Embora o mecanismo de trauma seja ainda tema de discórdia no meio científico, optamos por testes laboratoriais em flexocompressão, por entendermos ser este mecanismo o que mais exigia das construções. Separamos vinte segmentos atlantoaxiais de cadáveres humanos adultos e produzimos fraturas do tipo II de Anderson e D’Alonso. As peças foram divididas em quatro grupos de cinco, os quais foram fixados, cada um, com um tipo de osteossíntese: aramagem tipo Gallie, parafusos transarticulares, parafuso no dente e aramagem tipo 88. Analisamos a resistência, a elasticidade e as deformações, sendo os resultados obtidos com valor apenas comparativo. Houve diferença significativa entre a aramagem tipo Gallie e o parafuso no dente, quanto à acomodação, e entre a aramagem tipo Gallie e o parafuso transarticular, quanto à resistência máxima.