A escolha pela Física: Gosto ou desafio?

Este trabalho teve por objetivo estudar algumas relações transferenciais estabelecidas por alguns professores de Física, em relação à escolha do curso, ao longo da sua trajetória e ao assumirem a Física como profissão. Identifiquei que é na graduação que as relações transferenciais se tornam estratégicas, uma vez que o curso de Física apresenta uma baixa terminalidade. A partir daí, algumas questões surgiram: qual a relação transferencial que o aluno estabelece com a Física, quando decide cursá-la? Que relações transferenciais existem entre professores e alunos? O que leva muitos alunos a abandonarem o curso? Por que há tantas desistências e evasões? Quais laços um físico estabelece com a Física, a ponto de escolhê-la como profissão? Direcionei este trabalho àqueles que permaneceram, àqueles que fizeram o curso, tornando-se cientistas e professores. A ideia do trabalho foi apresentar como cada entrevistado teceu a sua história com a Física. Pude perceber que, para que um físico se mantenha na profissão, é necessário que ele estabeleça continuamente laços com aquilo que está fazendo e sustente o desejo de ser reconhecido pelos outros.