Controle e expansão – códigos e plantas. Fortaleza 1813-1933

A Capital cearense enfrentou um grande fluxo populacional principalmente na 2ª metade do século XIX, devido às mudanças trazidas pela produção algodoeira e às constantes secas no interior do Estado que levaram à migração dos sertanejos para Fortaleza. As exigências comerciais internas e o aumento populacional fizeram a cidade passar por uma série de transformações urbanas, que seguiam, no primeiro momento, as premissas das concepções urbanísticas da metrópole e, mais adiante, as ideias urbanas que surgiram na Europa. Neste trabalho pretende-se estudar a morfologia urbana da cidade de Fortaleza promovida pelo poder público através de planos, plantas e códigos de postura entre 1813 e 1933, e como essas medidas contribuíram para ordenar o crescimento urbano. O trabalho foi desenvolvido com o objetivo de promover uma análise da relação entre os primeiros projetos urbanos e códigos de postura de Fortaleza com os conceitos urbanos enraizados nas visões de mundo da época. Considera-se esse período como o antecedente do urbanismo moderno em Fortaleza, pois a partir de 1932 (código), e 1933 (plano), começa a se perceber na cidade características do movimento moderno no campo do urbanismo.