Vigiando os vigilantes dos vigias:

A presente pesquisa surgiu da minha vontade imensurável de romper as barreiras que havia no estudo das ciências criminais na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, a qual é fruto de uma recente movimentação de alunos e professores que ora se articulam para buscar aprimorar seus conhecimentos nesta seara. Logo, buscando referenciais longe da casa de origem, tomei conhecimento que, a partir do Programa de Iniciação Científica 2012/2013, a Escola de Direito GV (São Paulo) estava abrindo suas portas para pesquisadores externos. Há certo tempo, intelectuais – como Dalmo Dallari, Salomão Shecaira, Jacqueline Muniz, Guaracy Mingardi entre outros - e especialistas em segurança pública apontam para a interferência da questão do militarismo na responsabilização dos agentes encarregados pela segurança pública no Brasil, em especial os membros das Polícias Militares, uma vez que “os privilégios absurdos assegurados aos seus integrantes, quando praticam irregularidades graves ou crimes, não havendo como negar que os policiais militares envolvidos na prática de crimes têm sido muito beneficiados pela proteção corporativa, em prejuízo da eficiência e da autoridade da organização"(Dallari)