Tanto o cinema turco quanto o cinema iraniano podem ser definidos como fronteiriços e, neste sentido, seguem a dimensão geográfica e cultural entre Europa e Ásia. Ambos são países híbridos. Geograficamente situam-se no Oriente e pertencem à sua problemática. Mas também são portas de entrada para a Europa, recebendo o impacto da ocidentalização, e principalmente os filmes turcos registram e debatem a dualidade entre Ocidente e Oriente, modernidade e tradição, secularização e influência religiosa. O Ocidente, neste contexto, é ao mesmo tempo promessa e hostilidade. Já o cinema israelense reflete, em alguns de seus melhores filmes, o conflito político, militar e identitário que os cerca. E, nestes filmes, o debate é feito com uma franqueza surpreendente, com os cineastas se recusando a eleger um inimigo ou a trabalhar a partir de dualidades. Tanto os cineastas turcos quanto os israelenses, afinal, criaram uma reflexão específica sobre a realidade de seus países, e elaboraram uma identidade cinematográfica a partir dela. Esta é a identidade abordada por Ricardo Luiz de Souza nas páginas seguintes, a partir da análise de uma série de filmes feitos em ambos os países.
Detalhes do livro: |
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ISBN-13: |
978-3-330-74983-2 |
ISBN-10: |
3330749830 |
EAN: |
9783330749832 |
Idioma do livro: |
Português |
Por (autor): |
Ricardo Luiz de Souza |
Números de páginas: |
96 |
Publicado em: |
12.10.2016 |
Categoria: |
Cinema: Geral, obra de referência |