Caroços de açaí aplicados em tratamento de água na Amazônia

Ao ingressar no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária em 2008, me deparei com a triste realidade da população ribeirinha residente nos Territórios do Marajó e Baixo Tocantins. Famílias isoladas habitando as margens de rios e igarapés da região, sem energia elétrica, consumindo água sem qualquer tipo de tratamento, prática essa comum, ocasionando graves problemas de saúde, atingindo principalmente crianças e idosos. Diante de tal situação, projetei um modelo de micro-estação de tratamento de água – META, capaz de captar água superficial, remover impurezas e microrganismos patogênicos, garantindo assim água potável para milhares de famílias nos últimos anos. A presente pesquisa visa o possível aproveitamento de milhões de toneladas do resíduo solido urbano proveniente da principal atividade extrativista da região, o açaí, atuando em três frentes extremamente importantes: meio ambiente, saneamento básico e geração de emprego e renda. Os resultados preliminares alcançados poderão nortear novos trabalhos acadêmicos, em virtude da relevância do tema, presente em vários estudos disseminados pelo mundo.