Antropologia da Masculinidade, da Prostituição e do Sexo

O conceito de prostituição e atração pela marginalidade tomam a atenção do observador e do analista como se fossem uma casa de janelas abertas e escancaradas a chamar a atenção do transeunte para o conteúdo das cenas que se passam em seu interior. A marginalidade é devassa. Com isso, o estudioso pode sentir-se atraído por esse “mundo”, saindo do seu, acadêmico, por vezes ascético, pasteurizado, encastelado ou, segundo Hanna Arendt, “aprisionado em uma alta torre de marfim”. O filósofo contemporâneo e, porque não o antropólogo – com menos isolamento epistemológico do que o filósofo – precisa sair do estrito mundo da academia e abrir os olhos para enxergar a vida. E a vida é o que instiga, é o que atrai, o que capta o olhar e o que prende atenção. A vida é o debate, é a tensão e a adrenalina.